A Caixa Seguridade (CXSE3) deu mais um passo para aumentar a liquidez de suas ações no mercado. No último domingo (9), a companhia protocolou junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) um pedido de registro para uma oferta pública de distribuição secundária de 82,5 milhões de ações ordinárias detidas pela Caixa Econômica Federal.
Se considerado o preço de fechamento do papel na última sexta-feira (7), de R$ 15,99, a operação pode movimentar cerca de R$ 1,319 bilhão.
A oferta e seus impactos
A oferta será realizada no Brasil por meio de um mercado de balcão não organizado, com coordenação do Itaú BBA (coordenador líder), além de Caixa, BTG Pactual, Bank of America e UBS. Simultaneamente, esforços de colocação das ações serão conduzidos no exterior.
Por se tratar de uma oferta exclusivamente secundária, na qual não há emissão de novos papéis, a participação acionária dos investidores atuais não será diluída. Dessa forma, os acionistas da Caixa Seguridade (CXSE3) não terão direito de prioridade na aquisição dos papéis.
A definição do preço da oferta está prevista para o dia 19 de março, e a concretização da operação dependerá da demanda pelos papéis e das condições de mercado.
Objetivo estratégico
O movimento faz parte da estratégia da Caixa para adequar a Caixa Seguridade (CXSE3) às regras do Novo Mercado, o mais alto nível de governança corporativa da B3. Para integrar esse segmento, as empresas devem ter pelo menos 20% de suas ações em circulação no mercado (free float).
Caso essa exigência não seja atendida por um longo período, a companhia pode perder sua classificação no Novo Mercado, o que poderia impactar sua atratividade entre investidores institucionais.
Perspectivas
A oferta pode aumentar a liquidez das ações da Caixa Seguridade (CXSE3) na Bolsa, tornando o papel mais atrativo para investidores de longo prazo. Além disso, reforça o compromisso da companhia com as melhores práticas de governança corporativa, um fator cada vez mais valorizado no mercado de capitais.
Se a operação for bem-sucedida, a Caixa Seguridade (CXSE3) reforçará sua posição entre as principais seguradoras do Brasil listadas na Bolsa, com um volume maior de ações disponíveis para negociação e maior transparência para seus acionistas.