A Embraer (EMBR3) encerrou o quarto trimestre de 2024 com um lucro líquido ajustado de R$ 1,093 bilhão, um crescimento significativo em relação ao mesmo período do ano anterior, que foi de R$ 250,6 milhões. No acumulado do ano, a fabricante brasileira registrou um lucro líquido ajustado de R$ 2,622 bilhões, mais de sete vezes superior ao de 2023.
Resultados Financeiros
O Ebitda ajustado da companhia somou R$ 1,947 bilhão entre outubro e dezembro, uma alta de 56,6% em relação ao 4T23. No consolidado de 2024, o Ebitda atingiu R$ 5,153 bilhões, um avanço de 87% na comparação anual.
A receita líquida trimestral da Embraer (EMBR3) chegou a R$ 13,743 bilhões, representando um aumento de 41,3% na comparação com o mesmo período de 2023. No ano, a companhia atingiu um faturamento recorde de R$ 35,4 bilhões, um crescimento de 35,7% frente ao ano anterior.
A margem EBIT ajustada ficou em 11,5% no 4T24, e no ano, a empresa reportou EBIT ajustado de R$ 4,0 bilhões, com margem de 11,3%. Excluindo impactos relacionados à Boeing, o EBIT ajustado seria de R$ 3,2 bilhões, com margem de 8,9%.
O fluxo de caixa livre ajustado, sem considerar a Eve, foi de R$ 6,0 bilhões no trimestre e R$ 4,6 bilhões no ano, impulsionado por um maior volume de entregas e desempenho forte nas vendas.
Desempenho no Mercado
A Embraer (EMBR3) entregou 75 jatos no 4T24, sendo 31 jatos comerciais (20 E2 e 11 E1) e 44 jatos executivos (22 leves e 22 médios). No acumulado do ano, a empresa entregou um total de 206 aeronaves, um crescimento de 14% em relação às 181 entregues em 2023.
Além disso, a carteira total de pedidos firmes atingiu US$ 26,3 bilhões no 4T24, a maior da história da companhia, representando um crescimento de 40% no comparativo anual e 16% na comparação com o trimestre anterior.
A empresa encerrou 2024 com uma posição de dívida líquida de R$ 684,6 milhões, com uma relação dívida líquida/EBITDA de 0,1 vez, abaixo dos 1,4 vez registrados em 2023.
Perspectivas para 2025
Para 2025, a Embraer (EMBR3) projeta entregar entre 77 e 85 aeronaves comerciais e entre 145 e 155 jatos executivos. A companhia espera alcançar uma receita consolidada entre US$ 7,0 bilhões e US$ 7,5 bilhões, com margem EBIT ajustada entre 7,5% e 8,3%. Além disso, o fluxo de caixa livre deve superar US$ 200 milhões no período.
A fabricante segue otimista com a demanda crescente por aeronaves, principalmente nos segmentos de aviação executiva e defesa & segurança. No entanto, desafios como a volatilidade cambial e possíveis atrasos na cadeia de suprimentos continuam no radar da companhia.